terça-feira, 7 de junho de 2011

Cadeirante relata a experiência de conhecer o Instituto Inhotim na região metropolitana de BH

por Adriana Lage
No último final de semana, fui conhecer o Instituto Inhotim, em Brumadinho/MG, região metropolitana de Belo Horizonte. Trata-se de um grande espaço cultural que recebe grandes obras de arte contemporânea e também de um riquíssimo acervo botânico. O Instituto é enorme e fica situado em uma propriedade particular. Os jardins são maravilhosos e tiveram a colaboração do paisagista Burle Max no início do projeto. O visitante paga R$ 16,00 para conhecer o Inhotim. Idosos e estudantes pagam meia entrada.
O Inhotim é bem acessível para deficientes físicos. Ao longo do Instituto, existem vários banheiros adaptados e rampas. Existe a opção de contratar um carrinho para conhecer o ambiente. O preço por pessoa é de R$ 10,00. Pessoas com dificuldade de locomoção não pagam pelo serviço e têm direito a um acompanhante também gratuito. Preferi conhecer o Inhotim com minha cadeira de rodas motorizada, já que o carrinho só passa em algumas rotas.
O passeio foi muito divertido! O lugar é realmente lindo e inspirador. Além de lagos, peixes, aves, plantas variadas, existem várias galerias e obras de arte espalhadas pelo caminho. O visitante precisa andar atento para não perder nada! Por exemplo, gostei muito da obra Tunga, que fica no meio de um gramado. A Galeria da Adriana Varejão não é 100% acessível. Para chegar à parte de cima, é preciso subir uma escadaria.
O Instituto conta com um restaurante maravilhoso, um café cheio de rampas e banheiro acessível, área de cachorro quente (uma grande mesa rústica ‘perdida’ no meio das árvores! O cachorro quente é delicioso), omeleteria, lanchonetes, lojinha, etc.
Em uma das galerias, o visitante precisa entrar sem os sapatos. Trata-se de um quarto todo vermelho! Tapete, paredes, geladeira, mesas, televisão, passarinho roupas, peixes, alimentos… Tudo vermelho. Como a cadeira de rodas ocupa muito espaço, a monitora me pediu para entrar na galeria apenas com mais uma pessoa. Assim, pude apreciar tudo tranquilamente.
Fiquei com medo de esbarrar minha cadeira em obras de arte de algumas galerias. Os artistas brincam muito com a luminosidade. Em algumas salas, é um verdadeiro breu. Muito interessante a sensação. Uma das galerias que mais gostei foi uma sala toda branca, bem grande, onde se escuta sons de trovão, chuva, vento… Não resisti e sai correndo com a cadeira – uma sensação de liberdade bem grande!
Passei quase 4 horas rodando pelo Inhotim. No final, fiquei bem cansada. Algumas partes do caminho são feitas de pedras bem irregulares. Nunca sacudi tanto na cadeira de rodas. Em algumas rampas mais íngremes, precisei de ajuda para não correr o risco de empinar a cadeira de rodas – turismo de aventura! Acredito que ir de cadeira de rodas manual ao Inhotim seja muito cansativo e desconfortável. Mas motorizada, vale a pena!!
Visite o site do Inhotim. Vale à pena dar uma espiada nesse paraíso! Para mim, o melhor de tudo foi saber que os criadores dessa maravilha não se esqueceram da acessibilidade! Pude aproveitar a visita como qualquer outro visitante.


Fonte:http://turismoadaptado.wordpress.com/page/17/?archives-list&archives-type=cats

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