Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade
Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde Profª. Drª.
Cássia Maria Buchalla Eduardo Santana de Araujo. A família de
classificações internacionais da Organização Mundial de Saúde, fornece
um sistema para codificação de uma ampla gama de informações. Nestas
classificações utiliza-se uma linguagem comum e padronizada para
permitir a comunicação em todo o mundo, entre várias disciplinas e
ciências. Atualmente, as condições de saúde são classificadas
principalmente pela Classificação Internacional de Doenças, Décima
Revisão (CID-10). A Classificação Internacional de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde (CIF), assim como a CID-10, pertence à família das
classificações internacionais desenvolvidas pela Organização Mundial de
Saúde para aplicação em vários aspectos distintos. Trata-se de uma
revisão da International Classification of Impairments, Disabilities and
Handcaps (ICIDH), que foi lançada pela Organização Mundial de Saúde em
1980 para fins de pesquisa. A tradução da ICIDH foi feita em Portugal e
ficou conhecida no Brasil como “Classificação Internacional de
Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDID)”. Em 1993, a ICIDH
sofreu uma revisão, sendo lançada a ICIDH-2. Em 2001, numa nova revisão,
a Organização Mundial de Saúde, em sua 54ª. assembléia, aprovou a atual
CIF e recomendou seu uso para os países membros através da resolução
WHA54.21. Nesta última revisão, a classificação deixou de ser uma
classificação da conseqüência de doenças para transformar-se num
instrumento de componentes de saúde capazes de identificar, de maneira
global, o que constitui a saúde, representando uma mudança de paradigma
para se pensar e trabalhar a deficiência e a incapacidade, sendo um
veículo para avaliação do estado de saúde e da qualidade de vida. A CIF
assume uma posição neutra em relação à etiologia, de modo que os
pesquisadores podem desenvolver inferências causais utilizando métodos e
técnicas adequados. Segundo o modelo da CIF, a incapacidade é
resultante da interação entre a disfunção, a limitação das atividades, a
limitação da participação social e dos fatores ambientais. Duas pessoas
com a mesma doença podem ter níveis funcionais diferentes, assim como
duas pessoas com o mesmo nível funcional não têm, necessariamente, a
mesma doença. O objetivo geral da CIF é proporcionar uma linguagem
unificada para descrever os estados relacionados à saúde. Os capítulos
contidos na CIF são descritos com base na perspectiva do corpo, do
indivíduo e da sociedade, em três listas básicas: (1)Funções e
Estruturas do corpo; (2)Atividades e Participação e (3)Fatores
Ambientais. A CID não contempla o grau da incapacidade, nem seu impacto
sobre as atividades funcionais do indivíduo. A utilização da CIF em
hospitais e em outros serviços de saúde, é capaz de possibilitar um
melhor entendimento do quadro funcional dos pacientes, além de ajudar a
diminuir custos por fornecer um esquema de codificação para os sistemas
de informação em saúde. A utilização de um sistema codificado melhora a
organização das informações, tornando possível o estabelecimento de uma
linguagem comum para a descrição dos estados relacionados à saúde,
melhorando a comunicação entre os diferentes profissionais de saúde e
elaboradores das políticas administrativas. Com esse instrumento, os
profissionais das áreas de saúde poderão registrar a incapacidade e a
desvantagem que a pessoa tem na sociedade, o impacto da deficiência em
seu meio ambiente, sua limitação de movimento, preconceitos que vivência
em função de sua deficiência, mostrar a estrutura do corpo que está
acometida pela deficiência, registrar o grau de atividade, participação
social, os fenômenos ambientais envolvidos e a necessidade de
intervenção e tecnologia assistida.
Referência bibliográficas:
•
Organização Mundial de Saúde / Organização Panamericana de Saúde. CIF –
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde:
Universidade de São Paulo; 2003. • BUCHALLA, Cássia M.. A Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Revista Sentidos,
ano 02, nº17. 2003. • Centro Colaborador da OMS para a Classificação de
Doenças em Português da USP. Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. 1ª edição. 2004 • DMR do Hospital
das Clínicas da FMUSP. Medida de Independência Funcional (MIF para
adultos) Versão Brasileira. 2005• KENDALL,Henry Otis. Músculos - Provas e
Funções. 4ª edição.1995 SULLIVAN, Susan. Fisioterapia - aval
Fonte :: Vide referências bibliográficas, seguida da matéria.....
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